Versículo do Dia

Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele.
Provérbios 30:5

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"LEMBRA DE MIM" CAPÍTULO 5 - A CHEGADA NA CAPITAL

Mariana - Então está decido, nós vamos pra capital!


Santiago - Tudo bem, preparem suas coisas que amanhã os levarei para sua nova casa na caiptal!

Santiago dormiu numa pousada perto da casa da família e no dia seguinte bem cedinho já estava na porta os esperando. O único problema foi que Dimas não queria levar sua sogra, a velha Biga, mãe de Bibiana, mas depois da insistência da esposa, a sogra foi permitida a ir, e uma hora depois estavam numa pista de voo numa cidadela próxima. Todos da família partiriam para a capital, Isabel, Mariana, Dimas, Bibiana, Cosme, Lucinha, Edvaldo e a velha Biga, porém quando a velha viu que iriam num avião, entrou em desespero e disse que não subiria "naquele bicho" de jeito nenhum.

Dimas - Eu falei que essa velha ia dar problema...

Bibiana - Mamãe, vamos, por favor!

Biga - Num vô e num vô!

Isabel - Vovó, é seguro!

Biga - Cala a boca lerda! Você num intende de avião!

Mariana - Vó, é seguro, a senhora confia em mim?

Biga - Em você em confio, nessa lerda não!

Mariana - Pois então, estou dizendo que é seguro, vamos?

Com o pedido de Mariana, sua neta predileta, a velha sobe no avião, depois que todos subiram, quando Santiago vai entrar, seu telefone toca, é Roberta.

Santiago - O que quer?

Roberta - Notícias sobre minhas primas! E aí, você as encontrou?

Santiago - Não só as encontrei como já estamos de partida, em
algumas horas, as herdeiras de Licurgo Dragoni se apossarão de tudo o que é delas!

Roberta - Mesmo? - tenta disfarçar a frustração - Que bom!

Desliga-se a ligação e com Santiago a bordo, o avião decola rumo à capital.

Em seu apartamento, Roberta esbraveja com Cristiano:

Roberta - As caipiras foram encontradas! Vou pra casa do velho, esperá-las...

Cristiano - Pra quê Roberta? esquece isso, a gente se vira, dá um jeito de sobreviver sem esse dinheiro!

Roberta - Não, aquela fortuna é minha por direito e mais cedo ou mais tarde ela cairá em minhas mãos!

A moça se encaminha para a mansão, lá Hilda abre a porta ao soar a campainha, antes que possa dizer algo Roberta emburaca dentro da casa.

Hilda - Já falei que não quero você aqui!

Roberta - Minhas primas chegarão em poucas horas! Vou esperá-las aqui e você não vai me impedir! Vá pra cozinha que é o seu lugar!

Hilda prefere não discutir com ela e se retira.

No avião, Santiago sentara-se ao lado de Isabel, e ainda encantado com a beleza da moça resolve puxar conversa:

Santiago - Então Isabel, porque você é tão introvertida? Uma moça tão bela?

Isabel - É só meu jeito - diz timidamente.

Santiago (diz baixinho) - Como você suporta toda sua família te chamando de lerda o tempo todo?

Isabel - Já me acostumei, mas minha mãe não me trata assim, na verdade, eu os entendo, eles queriam que eu fosse como a Mariana, que pensa grande, se veste bonita, já eu...

Santiago - Você é linda, nunca deixe ninguém dizer o contrário!

Ela ri timidamente.

Santiago - A sua irmã parece ter muito sonhos, morar na capital, ter dinheiro! E você, quais são os seus sonhos Isabel!

Isabel - Tenho apenas um.

Santiago - É mesmo? E qual é?

Isabel - Encontrar a felicidade!

Santiago ficou sem palavras, aquela garota tão doce e meiga só queria ser feliz. "Será que o denheiro trará essa felicidade?" ele pensou, de certo que não. Ele olhava para os olhos cor de mel da moça, os lábios vermelhos, pequenos, o cabelo negro entrançado sobre o seio, ela era perfeita, mas ele procurava reprimir qualquer sentimento que poderia estar surgindo, afinal ele tinha o dobro da idade dela.

Duas horas depois, o avião pousou no aeroporto, um carro já os esperava, Mariana olhava deslumbrada toda aquela imensidão de prédios que ia passando pela janela, era realmente ali que ela queria estar, a velha Biga reclamava de dores o tempo todo, Dimas no banco da frente contava piadas sem nenhuma graça a Santiago que fingia achar engraçado. Minutos depois o carro parou na frente da mansão Dragoni, os imensos portões com uma letra D gravado nele já demontrava a grandiosidade da casa. Mariana foi a primeira a descer do carro.

Mariana - Eu não acredito que isso tudo é meu! - disse com lágrimas nos olhos.

A família toda desceu e caminhando pelo jardim admiravam-se com uma enorme piscina de um lado, de outro uma estufa de orquídeas, a paixão de Licurgo, para eles aquela mansão era um mundo, mas para Isabel não passava de uma casa qualquer, ela preferia estar no seu quarto, na casinha de barro em Brejinho, lá tinha certeza de paz e ali não sabia o que essa cidade reservava para ela, teve vontade de chorar, se segurou, via a alegria dos familiares, e mesmo que eles a tratassem mal ela estava feliz por eles.

Chegaram à porta principal, Santiago tocou a campainha, Roberta que estava sentada no sofá levantou-se enquanto Hilda foi abrir a porta, e quando abriu a surpresa foi geral. Eles entraram. Hilda estava com um sorriso no rosto. Roberta pensou "Meu Deus, é um arrastão! Eles são pior do que eu imaginava", e os olhou de cima a baixo, os homens de chapéu de couro, roupas xadrez, rindo e falando alto e as mulheres de vestido de chita, Mariana com uma maquiagem berrante, Cosme com uma galinha numa gaiola.
Roberta pensou mais uma vez consigo mesma: "Definitivamente eu não faço parte dessa raça!" e aproximou-se da família, como vira que Mariana e Isabel eram as gêmeas tratou de falar primeiramente com elas:

Roberta: Olá minhas queridas, sou Roberta Dragoni, prima de vocês e podem contar comigo para o que der e vier!"

As gêmeas olharam Roberta com desconfiança...



CONTINUA AMANHÃ...

Um comentário:

  1. Ahaha adorei o Cosme com a galinha na gaiola!! xD
    A história...está cada vez mais cativante. E, agora coma história a centrar-se em Isabel...ai está linda!!
    Ai se isto virasse novela na tv...

    Abraço, meu artista!!

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