CASA DE CRISTIANO. Depois de transarem, os dois saem do quarto, nesse momento Isabel e Maria chegam das compras cheia de sacolas.
Maria - Essas comprinhas darão pra vocês passarem o mês aqui, que bom, meu filho casado com você!
As duas veem Roberta.
Isabel - Roberta, prima, você aqui?
Maria ia falar algo, Cristiano desesperado faz um gesto com o dedo junto a boca pra mãe ficar calada.
Roberta - Minha querida vim pedir pra você voltar pra casa, sua mãe está arrasada!
Isabel - Não Roberta, estou decidida e amo o Cristiano, vou morar com ele, ser sua mulher!
Roberta - Eu acredito que ele seja um bom rapaz, mas como você pode trocar aquela mansão maravilhosa por esta vila simplória?
Isabel - Aqui com o Cris e a Maria eu encontrei o amor e afeto que não encontrei na minha casa, eles lá que façam bom proveito daquela riqueza, eu passo, não quero!
Roberta - Vejo que você está decidida, vou-me embora então, mas virei lhe fazer visitas, se o Cristiano não se importar claro!
Isabel - Ah ele não se importa não!
As primas se beijam e Roberta vai embora. Isabel avisa que vai tomar um banho. Maria aproveita e chama a atenção do filho:
Maria - Você quer me contar o que está acontecendo Cristiano? A Isabel é prima da diaba loira?
Cristiano (respira fundo) - Eu vou contar tudo...
O rapaz revela a mãe o plano que ele e Roberta arquitetavam contra Isabel.
Maria - Meu filho, que sordidez! Você ia casar com essa pobre moça e depois abandoná-la com seu dinheiro!
Cristiano - Mas desisti mãe, é impressionante, eu me apaixonei pela Isabel, no instante que a beijei, como mágica, eu me arrependi de tudo que tinha feito em companhia de Roberta, mas estou desesperado, a Roberta quer que eu seja amante dela, senão revelará tudo a Isabel, e eu não quero perdê-la!
Maria - Vigarista maldita!
Maria abraça o filho, Isabel volta do banho.
ESCOLA. O irmão de Roberta, João, entra na sala dos professores depois de mais uma aula, a sala está vazia, ele coloca seus materiais na mesa e quando abre a porta do banheiro dá de cara com Mayssa nua, a menina se joga sobre o corpo do professor, tentando beijá-lo, ele consegue segurá-la pelos braços.
João - Menina, você enlouqueceu de vez, cadê sua roupa?
Mayssa - Eu já disse que quero você! Vai João me beija, me possue!
Ela agarra o rapaz a força e consegue roubar-lhe um beijo. Ana entra na sala.
Ana - João!
João - Ana, essa menina entrou aqui, eu não vi! Eu não fiz nada!
Mayssa - Fez sim, você abusou de mim - diz fingindo choro.
Ana - Garota safada, eu conheço meu noivo, ele jamais faria isso! - Ana avança nos cabelos da menina e a afasta de João - Agora vista sua roupa, antes que eu perca meus princípios e te dê uma sova!
João e Ana reportam o caso a direção da escola, na mesma hora o pai da garota, o rico empresário Gustavo Salomão, é chamado à escola.
Gustavo - Minha filha jamais faria uma coisa dessas! - disse ao diretor da escola.
Diretor - Sorte que nossa escola é toda monitirada por câmeras de segurança, toda a movimentação de sua filha na sala foi filmada!
O homem assite o video no qual sua filha entra na sala, despe-se e depois ataca João.
Gustavo - Eu tomarei as devidas providências! Mas de todo modo, eu iria tirá-la da escola, semana que vem partiremos para São Paulo (para João) Peço desculpas por minha filha! O senhor nunca mais a verá! (para a filha) vamos Mayssa, em casa nos entenderemos!
A garota ao passar por Ana e João afirma:
Mayssa - Um dia vocês irão lembrar de mim! E um dia professor, você será meu!
A garota de 14 anos, mas ainda com corpo infantil, sai da sala de cabeça erguida. Ana e João se abraçam.
João - Esse tormento acabou meu bem, acabou!
Voltando para seu apartamento, Roberta lembra-se de um lugar. Ela vai para o bairro aonde ficava o orfanato aonde foi criada. O bairro é bastante afastado do centro da cidade e muito pouco movimentado. Ela dirige-se para um hospital abandonado, ao lado do prédio do orfanato, aliás que também está desativado. Ela vai até um casebre feio e caindo aos pedaços em frente ao hospital, lá um velho barbudo e mal cheiroso escuta um radio de pilha.
Roberta - Olá seu Raimundo, lembra-se de mim?
Raimundo - Você era uma das crianças do orfanato?
Roberta - Isso mesmo! Eu fugia do orfanto pra brincar aí no hospital abandonado!
Raimundo - Ah, a garota loirinha. - ri - você era a única que tinha coragem de entrar no hospital, todos diziam que era mal-assombrado por almas de outro mundo!
Roberta - Nunca tive medo dos vivos seu Raimundo, quanto mais dos mortos! Preciso de um favor seu, seus trabalhos com as forças ocultas!
Raimundo - Mas o trabalho tem que ser pago!
Roberta (tira um maço de dinheiro da bolsa, vendeu suas poucas jóias) - Eu já imaginava!
O velho faz Roberta entrar no casebre apertada, escuro e fétido, a única iluminação no local é uma vela grosa acesa mo meio de uma mesa. O velho senta-se à mesa e manda Roberta sentar-se à sua frente.
Raimundo - Você quer destruir um grande amor! As forças ocultas contam-me tudo! Principlamente depois que você pagou de boa vontade! Ah, a vela me mostra que você também quer matar uma pessoa! Ora veja, duas pessoas!
Roberta estava estarrecida. Ela desde criança sabia que o velho era um bruxo, sempre espiava as cerimônias que ele fazia no hospital abandonado!
Roberta - Quero saber como faço para acabar com minhas inimigas!
Raimundo (olhando atentamente para a vela) - Fogo! Você usará fogo! Queime-as! - ri - Queime-as!
Roberta - Usarei o hospital abandonado!
Raimundo - Perfeito! - Ele fixa seus grandes olhos em Roberta - Mas você não pode falhar, as forças ocultas não admitem erros! Você agora é uma serva deles! Se você falhar pagará um preço muito caro!
A moça não se assusta, levanta-se, o velho estende sua mão, suja e peluda, com nojo, Roberta aperta a
mão do homem. Ela sai. O velho vê algo na vela, espanta-se.
Raimundo - O quê? A força do bem produzida pelo amor que ela quer destruir é mais forte que a maldade das forças ocultas? Hum essa menina terá muito trabalho pra conseguir separá-los, não será fácil apagar esse amor!
CONTINUA AMANHÃ...